Por: James Pedro Nadin da Sirius Consulting
Você conhece a expressão “cadeia de suprimentos”? No artigo de hoje você vai descobrir como o conhecimento sobre cadeia de suprimentos pode ser útil para sua indústria, confira:
O que é a cadeia de suprimentos?
A cadeia de suprimentos pode ser compreendida como um conjunto de diversas atividades que se complementam, para que um produto ou serviço seja desenvolvido, produzido e disponibilizado ao cliente final.
É um processo integrado, dentro do qual várias entidades de negócios (i.e., fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas) trabalham juntas para adquirirem matérias-primas, convertendo-as em produtos finais que são oferecidos nos pontos de vendas.
Por exemplo:
Estágios da cadeia de suprimentos
Na cadeia de suprimentos existem etapas e estágios que acontecem de forma organizada para que desde o fornecedor do fornecedor até o cliente tudo ocorra bem e o cliente final tenha o produto desejado.
Estágio 1: Linha básica
Percebe-se uma completa independência funcional das funções da organização, como os departamentos de produção ou compras, fazendo suas próprias funções em isolamento completo em relação aos outros departamentos da companhia.
Estágio 2: Integração Funcional
Neste estágio as empresas reconhecem a necessidade de, no mínimo, um pequeno grau de integração existir entre as funções adjacentes, como por exemplo, o gerenciamento da distribuição e do estoque, ou o controle de compras e de materiais.
Estágio 3: Integração Interna
Aqui é exigido o estabelecimento e implementação de uma estrutura de planejamento de ponta a ponta nos processos internos da organização.
Estágio 4: Integração Externa
Finalmente, no estágio 4, a empresa é demonstrada como parte de um canal de informações global, que atinge o valor adicionado em termos de exigências de cada cliente, enquanto maximiza o lucro da cadeia de suprimentos total, eliminando-se os estoques remanescentes nas pontas da cadeia.
A integração entre os diversos componentes do sistema torna-se, portanto, uma condição básica para a Supply Chain Management – que é a gestão da cadeia de suprimentos.
Saiba mais sobre a Gestão da Cadeia de Suprimentos
A necessidade de se criar excelência operacional, buscando incorporar mais valor ao produto final, remete à Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – SCM) a tarefa de catalisar e integrar todos os processos, desde a produção e entrada de matérias-primas e componentes no sistema produtivo até a distribuição dos produtos acabados.
Essa integração deve permitir que o produto final chegue ao consumidor no momento certo, na quantidade correta, na qualidade desejada, na forma adequada e com um preço aceitável.
Para que isto ocorra, as companhias estão empreendendo grandes mudanças em seus negócios internos e processos para transformar as operações de produção tradicionais em empresas com o objetivo de atender completamente às expectativas dos clientes.
Um componente dessa transformação é a implementação de estratégias da SCM.
Objetivo básico da Gestão da Cadeia de Suprimentos
Um dos objetivos básicos da SCM é a maximização e a realização de potenciais sinergias entre as partes da cadeia produtiva, de forma a atender o consumidor final com mais eficiência, tanto pela redução dos custos, quanto pela adição de mais valor aos produtos finais.
Neste processo é preciso que haja uma sinergia voltada para agregar maior valor ao produto final, ao qual o cliente pode perceber e estará disposto a pagar, reduzindo os custos necessários para viabilizar o produto, custos que o consumidor não percebe e não quer pagar.
A gestão da cadeia de suprimentos possui também uma abordagem holística de gestão através das fronteiras das empresas e pode ser considerada como uma visão expandida e atualizada da administração de materiais tradicionais, que abrange a gestão de toda a cadeia produtiva de forma estratégica e integrada.
Outro objetivo básico é que as empresas definam suas estratégias competitivas e funcionais mediante seus posicionamentos (tanto como fornecedores, quanto como clientes) dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem, abrangendo o fluxo de mercadorias do fornecedor, através da fabricação e distribuição, até o usuário final e reconhecendo que somente a integração interna dos fluxos de uma organização, por si só, não é suficiente.
Práticas e vantagens da SCM
Segundo diversos estudiosos, existem benefícios substanciais a serem ganhos ao administrar-se toda a cadeia de operações, de modo que satisfaçam ao consumidor final. Esses benefícios centram-se em dois objetivos-chaves da SCM: satisfazer efetivamente os consumidores e fazer isso de forma eficiente.
Para se alcançar esses benefícios, faz-se necessário a utilização de metodologias, práticas, ou ferramentas convergentes a esta proposição.
Boas práticas são modelos operacionais amplamente utilizados por empresas líderes em logística e manufatura. Eficiência de custos e eficácia não são os únicos motivos que fazem com que essas práticas sejam aplicadas no fluxo da cadeia de abastecimento.
As necessidades do cliente também estão mudando. Ele sabe especificamente o que, como e quando deseja que o produto seja entregue, além de esperar que estes atendam suas exigências.
O que se percebe é que em todas as práticas deve haver a pré-disposição de todos os integrantes dos processos na formação de uma cadeia de suprimentos sustentável e eficiente.
Se ligar os processos empresariais de várias unidades, pode-se obter vantagens práticas, como:
- Redução de custos de transação, em virtude do menor número de fornecedores;
- Melhora dos fluxos de informação através do uso do EDI (Electronic Data Interchange), o qual gera economias em termos de coordenação, comunicação e tomada de decisões;
- Consolidação da base de fornecedores, implicando em mais vendas por cliente e fornecedor;
- Participação dos fornecedores desde as primeiras fases de desenvolvimento do produto, reduzindo assim o tempo de lançamento deste produto no mercado, obtendo soluções inovadoras, em termos de custos de concepção e desenvolvimento;
- Redução dos custos logísticos de transporte e armazenamento, obtido através de menos pontos de coleta, rotas mais curtas e crescente proximidade dos fornecedores.
O fator preponderante para o sucesso na aplicação destas e de outras práticas é o adequado relacionamento entre clientes e fornecedores.
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